A opção por esta via decorre ao abrigo de um acordo entre os governos de Moçambique e do Malawi. “Nós criamos este corredor para permitir não só o início das operações da mina de Moatize, numa escala de onze milhões de toneladas, mas principalmente para a sua expansão em 22 milhões de toneladas” – sublinhou”.
Este eixo a ser construído pela Vale Moçambique terá uma capacidade inicial para trinta milhões de toneladas/ ano, e já nasce com um alcance superior à produção actual instalada desta companhia, devendo custar cerca de 4.5 biliões de dólares norte-americanos.
O director da Vale Moçambique admitiu a possibilidade de outras mineradoras poderem utilizar a via, ou outro tipo de utentes.
A primeira composição carregando carvão para o Porto de Nacala deverá ocorrer em finais de 2014.Sobre a expansão da mina, Ricaard Saad disse ontem a jornalistas em Maputo, que ela compreende não só a duplicação da capacidade da mina, como também a construção de 912 quilómetros de ferrovia e de um novo porto em Nacala-a- Velha.
O Vale Moçambique já exportou desde o início da operação, há cerca de um ano, perto de um milhão e meio de toneladas. Instado pelo nosso jornal a revelar o que isso representa em termos de ganhos para o País, o director desta mineradora não adiantou valores, tendo dito apenas não saber precisar “ que ganhos e que isso é relativo “.
“Nós pretendemos exportar até finais do ano dois milhões e meio de toneladas de carvão e quanto à nossa expectativa, infelizmente, nós estamos limitados devido à capacidade logística da linha de Sena que ainda esta sendo reformada e pelo próprio porto que ainda não permite um volume maior de exportação, por enquanto, mas a nossa intenção é que esse volume cresça a cada ano até que tenhamos o Porto de Nacala-a- Velha pronto e aí exportarmos vinte e dois milhões de toneladas por ano” - assegurou-nos o entrevistado.