“África está bem posicionada e pode potencialmente fornecer mão-de-obra ao resto do mundo. Enquanto as economias do mundo desenvolvido estão confrontadas com um envelhecimento das suas populações, daqui a meados do século, elas visarão cada vez mais África para as competências de que elas necessitam para continuar a desenvolver-se”, disse Rau, citado pela Panapress.
“Mas se África deseja estar à altura do desafio e fornecer com êxito mão-de-obra ao mundo devemos fazer a nossa introspecção crítica para saber se formamos actualmente uma mão-de-obra apropriada e que convém ao resto do mundo, que estará à altura da tarefa”, acrescentou.
Os países africanos devem igualmente examinar se os seus regulamentos do trabalho local criam uma mão-de-obra adaptável ou se elas são muito paternalistas e tornam difícil a adaptação e a flexibilidade da mão-de-obra do continente noutros ambientes.
O continente deve reexaminar os seus sistemas educativos e as competências que eles criam, para saber se são suficientemente competitivos para responder às normas internacionais. A ética profissional e os níveis de produtividade da mão-de-obra do continente estão igualmente entre as coisas que devem ser exploradas para que os países desenvolvidos percebam o valor do seu investimento quando a mão-de-obra africana viaja para aqueles países devido as várias oportunidades que estarão disponíveis naquelas economias, afirmou.
“É uma oportunidade fantástica que nos espera. Se formos capazes de fornecer mão-de-obra ao resto do mundo, isto vai ajudar-nos a ultrapassar vários dos nossos problemas domésticos, particularmente no domínio do emprego”, sublinhou o perito sul-africano.