Os referidos empreendimentos são financiados pelo Estado, através da direcção provincial de tutela e outras instituições financeiras, segundo deu a conhecer ao nosso Jornal, o secretário provincial dos Combatentes, Atanásio Machude.
Segundo Machude, neste momento, a agremiação conta com mais de três mil projectos já financiados. Referiu que destes se destacam os de agro-processamento, transporte semi-colectivo de passageiros, Agricultura, entre outros.
O secretário provincial da Associação dos Combatentes disse que, neste momento, a sua agremiação conta ainda com 1200 projectos colectivos.
Sem revelar o valor envolvido nos financiamentos aos projectos em alusão, o nosso interlocutor disse que os mesmos foram disponibilizados em ocasiões diferentes, acrescentando que é difícil saber exactamente os prazos dos reembolsos.
“Os combatentes da luta de libertação nacional estão a beneficiar de financiamentos de vários projectos de geração de rendimentos em pequenos negócios. Recebem o financiamento através de micro créditos disponibilizados pela Fundação Agha Khan e outros pela direcção provincial para os Assuntos dos Antigos Combatentes”- disse Machude.
Num outro desenvolvimento, o nosso interlocutor disse que a maior parte dos libertadores da pátria está a beneficiar de pensões de reforma fixadas pelo Estado. “Por isso há combatentes que, através das suas pensões, conseguem fazer pequenos negócios e há casos de pensionistas que adquirem viaturas para o transporte público, fruto do dinheiro que recebem do Estado”- afirmou a fonte.
Machude informou que existem, em Cabo Delgado, mais de 26 mil antigos combatentes da luta de libertação nacional e destes cerca de 25 mil têm pensões fixadas havendo ainda mais de mil que estão à espera da regularização da sua situação.
“O bónus de participação requer-se, por isso, temos alguns que ainda não estão a beneficiar porque requereram tarde ou ainda não têm respostas, mas esperamos que nos próximos dias venham a usufruir deste direito que lhes assiste”- afirmou Machude.
A nossa fonte considerou de precipitados os pensionistas que reclamam o aumento do subsídio que recebem afirmando que é um assunto que o Governo está a tratar e que nos próximos dias vai se pronunciar.
“Sempre tranquilizo os colegas neste sentido porque, neste momento, a preocupação é que todos tenham suas pensões fixadas e só depois é que podemos falar do aumento, pois, temos ainda mais de mil veteranos que ainda não têm pensões”- disse a nossa fonte.
Na verdade, a maior parte dos pensionistas reclama o aumento dos actuais 4.880 meticais para um acréscimo considerável, uma preocupação que os antigos combatentes apresentaram ao Chefe do Estado, Armando Emílio Guebuza, na sua recente visita à província de Cabo Delgado.