Entretanto, o Governo Provincial diz que está a envidar esforços no sentido de minimizar o problema através de um trabalho de emergência na via enquanto busca fundos para um trabalho de raiz, numa altura em que, localmente, a Associação dos Transportadores está disposta a pagar portagem em caso de edificação nas principais vias daquela província, sobretudo nos troços já referidos.
Informações apuradas pela Reportagem da nossa Delegação da Beira indicam que a degradação da N6, particularmente no troço Beira/Inchope, bem como da N1, entre Inchope/Caia, tem estado a afectar a actividade dos transportadores, porquanto os seus camiões sofrem constantemente de avarias provocadas pelas más condições em que se encontram os referidos troços.
Entretanto, as obras de melhoramento localizadas que arrancaram em Abril passado na N6 que liga o Porto da Beira à vila fronteiriça de Machipanda com o vizinho Zimbabwe, exactamente no troço Beira-Inchope num raio de 135km, estão bastante atrasadas, sendo que o Governo tem vindo a pressionar ao empreiteiro português denominado MCA a fixar novos prazos bem como a acelerar a actividade, conforme explicou há dias uma fonte da Administração Nacional de Estradas (ANE) durante a realização da 2ª sessão da Comissão Provincial de Estradas (CPE), realizada na sede distrital de Caia.
Com prazo de um ano, as obras foram consignadas ao vencedor deste concurso público no dia 28 de Novembro, sendo que o seu fim estava previsto para 28 de Novembro próximo. A lentidão da empreitada faz mesmo com que a circulação neste trajecto de um tráfego diário de cerca de três mil viaturas de e para os chamados países do “hinterland”, como Zimbabwe, Zâmbia, Malawi, Botswana e RDCongo, seja condicionada, a mesma situação que acontece na N1 entre Inchope e Caia, que também está a beneficiar de tapamento de buracos.
O representante da Associação dos Transportadores, Ricardo Cunhaque, que esteve presente na referida reunião sobre estradas, explicou que aquela agremiação está disposta a pagar portagem em caso da sua instalação naquelas rodovias.
Este desejo, bastante louvado pelo governador provincial, Carvalho Muária, igualmente presidente da CPE, afigura-se como catálise, porque pode levar a que o Governo acelere a busca de financiamentos para a reabilitação das vias, sobretudo os troços referidos anteriormente.- António Janeiro