O documento, apresentado pelo Presidente da Frelimo, Armando Guebuza, aborda as realizações do partido e do seu Governo no período compreendido entre o IX Congresso, realizado em 2006 em Quelimane, capital provincial da Zambézia, a esta parte.
O relatório refere que o número de membros da Frelimo subiu de 1.788.400 em 2006, para 3.659.997 em Junho último, o que corresponde a um crescimento de mais de cem por cento. Este número também corresponde a 16,6 por cento da população moçambicana, actualmente estimada em 22 milhões de habitantes.
Uma análise mais detalhada indica que 2.329.779 são jovens. A maioria dos membros (1.989.956), ou seja 54 por cento, é camponesa. Em termos de qualificações académicas contam-se 890.025 não escolarizados. Apenas 57.065, ou seja dois por cento, concluíram o Ensino Superior.
“O factor fundamental do crescimento do nosso partido é, sem dúvidas, a liderança dinâmica, didáctica, pedagógica e pragmática do Presidente Armando Emílio Guebuza, que conferiu maior dinamismo no funcionamento dos órgãos do partido”, disse o porta-voz do X Congresso, Edson Macuácua, falando em conferência de Imprensa.
Segundo Macuácua, que é também secretário do Comité Central para a Mobilização e Propaganda, Guebuza, que ascendeu a Presidente da Frelimo no IX Congresso, liderou um movimento de redimensionamento as células do partido o que ajudou a catapultar o prestígio e reputação desta formação política.
Contudo, este crescimento da Frelimo, em termos de número de membros, não se reflecte no aumento das receitas do partido através da recolha de quotas.
Face à esta situação, o Comité Central da Frelimo apela a todos os seus membros a “cumprirem o seu dever estatutário de pagar quotas, bem como a aperfeiçoar o sistema de cobrança de quotas”.
Macuácua disse ainda que o seu partido também irá procurar formas de contornar esta situação com base na proposta de revisão dos estatutos do partido, um documento a ser aprovado ainda durante este encontro que decorre até Sábado próximo.
“Continuarmos a trabalhar para que os militantes paguem as quotas. Uma das formas é que na proposta dos estatutos do partido faremos esse dever estatutário dos militantes de pagarem as quotas e também de efectuarem contribuições adicionais para reforçar a robustez material e financeira do partido”, explicou Macuácua.
- AIM
NOTA:
Seria interessante que acontecesse à FRELIMO o mesmo que ao MPLA em Angola: Recebeu menos votos que o número de militantes que anunciava. Porquê?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE