Esta é visão de Paulo Muxanga, Presidente do Conselho de Administração da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), entidade patrocinadora do Grande Prémio de Literatura José Craveirinha, que desta vez coube àquela escritora, isto referente à edição de 2011. O valor pecuniário da distinção é de 25 mil dólares (cerca de 700 mil meticais).
Nas suas obras” Ninguém matou Suhura”,”Neighbours “e “ Os olhos da cobra verde “ há todo um mundo que foi recriado pela imaginação da escritora Lília Momplé, que capta com fidelidade aquilo que verdadeiramente fomos e somos, e que nos define como povo.
“Estas obras dão-nos também a oportunidade de interpretar com profundidade uma teia de sentimentos, no interior dos quais se processa o relacionamento entre pessoas e se cimenta a coesão social. Para nós, é aí que reside o segredo da arte, em particular da literatura”, refere a nossa fonte.
Na leitura da acta da deliberação que lhe atribuiu o Prémio, o júri considera Líllia Momplé uma figura literária regular na sua carreira e com presença contínua e prolongada na vida literária nacional. O júri considerou ainda Lília Momplé, um dos esteios do edifício literário, profissional e intelectual nacional.
“De facto, a obra de Lília Momplé fala por si e não nos deixa dúvidas de que estamos perante uma carreira literária que merece o respeito e admiração de todos nós”, diz, e sublinha: “Faço votos de que o Prémio que hoje lhe entregamos, além de ser uma justa e merecida prova de reconhecimento, seja também um estímulo para que a autora prossiga o seu trabalho e continue a produzir obras tão inspiradas como aquelas que publicou até aqui.”
Para ele, Lília Momplé, que é um dos nomes mais candentes da geração de escritores nacionalistas moçambicanos, do alto da cátedra dos seus dons de escrita e abundante experiência, é uma referência obrigatória na nossa literatura e fonte inspiradora de escritores do passado recente, do presente vibrante e, sobretudo, é certamente um dos faróis que com grande resplendor, ilumina e infunde as novas gerações de escritores.