O expulso presidente da Liga da Juventude do ANC (ANCYL), Julius Malema, comparou os críticos da nacionalização das minas àqueles que se opunham ao fim do apartheid na África do Sul, segundo revela o “News24”.
Malema, quando questionado pelo locutor do Talk Radio 702, John Robbie, na quarta-feira, sobre como a nacionalização das minas poderia ter lugar e se era plausível, disse: “Você parece-se com as pessoas que se opuseram à nossa luta pela liberdade”, para depois acrescentar que “você está a argumentar exactamente como eles argumentaram, que nós não podemos conduzir a economia... estou a dizê-lo que pode parecer difícil até que seja feito.”
Malema disse que o governo deve “não necessariamente” expropriar as minas, mas usar o Botswana como um modelo, onde o Estado detinha 51% de participação nas minas. “Por que não se está a ter um problema com o Botswana? As companhias mineiras estão mais dispostas a trabalhar com o governo no Botswana, mas quando elas vêm para aqui, eles recusam-se”, atirou.
“Eu não estou a pedir a nacionalização total das minas. Nós ainda incentivamos à participação do sector privado. Estamos a falar de um maior controlo e participação do Estado na economia”. Malema também respondeu a perguntas sobre informações de que os “Hawks” haviam concluído a sua investigação sobre corrupção e que seria preso. “Eu ouvi isso de você no início do programa. Ouvi dizer a partir de jornais. tenho estado na iminência de ser preso desde 2009”, disse o ex-líder juvenil sul-africano.
Juju, como é tratado Julius Malema, disse que “aqueles que estão à minha procura, não têm que criar uma cena desnecessária, só tem que me chamar: o Sr. Malema, compareça na esquadra de Polokwane, às 09h00, e vou estar lá”, disse.
O PAÍS – 20.09.2012