O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) renunciou a candidatar-se à vice-presidência para África da Internacional Democrática do Centro (IDC), para se focar nas eleições autárquicas de 2013 e gerais de 2014, disse hoje à Lusa fonte da organização.
Daviz Simango, presidente do MDM, disse que ao assumir a candidatura o partido seria obrigado a dividir a atenção nos próximos dois anos, cruciais para aquela formação politica, o que podia comprometer a preparação dos escrutínios eleitorais.
"Optamos por não nos arriscar. Temos duas eleições nos próximos dois anos que queremos preparar da melhor maneira possível, pelo que não seria viável velar por duas agendas gigantes (democracia em África e eleições internas)", disse à Lusa Daviz Simango, presidente do MDM e também autarca da Beira.
O mesmo responsável disse que, apesar de renunciar à candidatura, o MDM continua empenhado na causa.
No sábado, Daviz Simango foi recebido em audiência no Vaticano, juntamente com outros líderes políticos da IDC, da Europa, África, Ásia e América, para transmitir solidariedade aos povos oprimidos por regime antidemocráticos.
"Manifestamos o nosso compromisso com a democracia em África e no mundo" disse Daviz Simango.
O MDM tem oito deputados na Assembleia da República de Moçambique e gere os municípios da Beira, a segunda cidade do país, e de Quelimane, a quarta cidade, mas tem assistido à destruição dos seus símbolos em várias províncias.
AYAC.
LUSA – 24.09.2012