O posicionamento da PwC ocorre num momento em que tanto o Governo como a sociedade civil têm manifestado preocupação em garantir uma maior transparência na gestão das receitas geradas pela indústria mineira, com o objectivo de fazer com que a exploração dos recursos minerais gere riqueza e garanta o desenvolvimento sustentável do país.
João Martins, sócio-administrador da PwC Moçambique, afirmou que Moçambique já “está a desenvolver todos os passos necessários para que haja uma verdadeira transparência na indústria mineira e petrolífera”.
“Os passos que o Governo está a dar nesse sentido são os impostos pela Organização Internacional de Transparência. Nós (PwC) também defendemos que os contratos devem ser divulgados para que as pessoas saibam exactamente quais são os benefícios desses contratos; os impostos pagos; os incentivos fiscais concedidos e; os projectos sociais e qualidade dos projectos em que a empresa vai investir”, disse em Maputo, o sócio-administrador da PwC.
João Martins falava numa conferência de Imprensa por ocasião da realização, na cidade de Maputo, desde segunda-feira, do 15º Simpósio Africano de Impostos e Negócios.
O simpósio é uma iniciativa da empresa PricewaterhouseCoopers e este ano decorre sob o lema “África Hoje – 54 Oportunidades de Investimento”, sendo um evento no qual se pretende destacar o papel-chave do continente como destino mundial de investimento.
Participam no evento, que termina hoje, cerca de 220 representantes de empresas multinacionais com interesse ou investimentos em África, bem como gestores seniores empresariais e especialistas fiscais de mais de 25 países africanos, da Europa, Estados Unidos da América e Austrália.
“Falaremos sobre o petróleo, minas, obstáculos a um bom ambiente de negócios e sobre como é que as empresas se devem preparar que pretendem investir nos países africanos”, disse o sócio-administrador da PwC Moçambique.
Entretanto, um estudo realizado pela PwC refere que as oportunidades de negócio e investimento em África são promissoras, apesar da recente incerteza económica resultante da crise financeira internacional.
“O crescimento económico e o investimento directo estrangeiro continuaram em África perante a recente recessão global. Tem-se registado uma significativa mudança na economia global nos últimos anos, com a crescente procura de matérias-primas e outros recursos do continente por parte dos mercados emergentes”, refere o estudo da PwC.
Uma outra pesquisa efectuada pela PwC sobre a Agenda Empresarial de África realça que presidentes de conselhos de administração africanos consideram que as melhores oportunidades de crescimento estratégico nos próximos 12 meses virão de novos mercados geográficos, fusões e aquisições.