Conforme o preâmbulo do documento, o acordo foi assinado no âmbito do desenvolvimento de relações amistosas entre os dois países, com vista à promoção do comércio e do desenvolvimento económico e facilitação da circulação de cidadãos entre os dois países.
Foram signatários do acordo o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Oldemiro Baloi, e o Ministro dos Negócios Estrangeiros das Seychelles, Jean Paul Adam, numa breve cerimónia de assinatura ocorrida na Embaixada de Moçambique nas Nações Unidas.
A assinatura deste documento foi feita à margem da 67ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral das Nações, encontro em que Oldemiro Baloi participa em representação do Presidente da República, Armando Guebuza.
Aliás, durante a sua estadia em Nova Iorque, o governante moçambicano desdobrou-se em encontros diplomáticos com vista não só a fortificar os laços de amizade e cooperação entre Moçambique e os vários países representados nesta reunião, como também com vista a encontrar caminhos para o restabelecimento da paz e da ordem constitucional na República da Guiné-Bissau, na região leste da República Democrática do Congo e em Madagáscar.
Na sua qualidade de presidente do Conselho de Ministros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Oldemiro Baloi presidiu aos encontros destas duas organizações realizadas à margem da Assembleia Geral da ONU.
No encontro do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da SADC destaque foi dada à situação política e económica do leste da RD Congo e Madagáscar, enquanto na reunião da CPLP destaque foi para a crise na Guiné-Bissau.
Para a resolução destes conflitos, Moçambique defendeu o envolvimento de todas as partes interessadas, quer a nível nacional, como internacional.
Já na reunião da Nova Aliança para a Segurança Alimentar e Nutricional, um painel organizado pelo Grupo dos Países Mais Industrializados (G8), o ministro Baloi destacou os quatro pilares do Plano Estratégico do Desenvolvimento da Agricultura em Moçambique, nomeadamente a produção, produtividade e competitividade; o acesso aos mercados; a gestão sustentável de recursos; e o desenvolvimento institucional.
O diplomata moçambicano disse, ainda, que o objectivo principal deste plano estratégico é de garantir que a taxa mínima anual de crescimento agrícola em Moçambique seja de sete por cento, periodizando a produção de produtos com impacto na segurança alimentar e nutricional. Recorde-se que a presidência de Moçambique na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) gira em torno da segurança alimentar e nutricional nos países membros.
Oldemiro Baloi discursou no painel que partilhou com os ministros da Costa do Marfim e de Burkina Faso, na reunião sobre segurança alimentar e nutricional organizada pelo G8, liderado pelos Estados Unidos da América, à margem da 67ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
A intervenção do ministro Balói foi consistente com a sua participação, quarta-feira última, no ciclo de reuniões de alto nível das Nações Unidas dedicadas a questões sociais e de desenvolvimento. Assim, o ministro dos Negócios Estrangeiros e chefe da delegação de Moçambique à Assembleia Geral das Nações esteve presente em vários eventos, dentre os quais na reunião de alto nível sobre “responsabilidade comum e solidariedade mundial na luta contra SIDA”; reunião de alto nível sobre o “novo compromisso, experiências e perspectivas do G7”; entre outros.