Canal de opinião por: Noé Nhantumbo
Corporações internacionais estão sendo uma das causas…
Os negócios dos recursos minerais em países como Moçambique podem ser olhados sob vários prismas. Quando se atribui importância estratégica a esses recursos minerais entram logo em jogo interesses de diversos actores e cada um procura de maneira activa “puxar a brasa para a sua sardinha”.
De um silêncio inicial quanto a existência potencial de recursos minerais estratégicos para a economia mundial, Moçambique foi como que descoberto pelos principais actores internacionais. E quem se julga ligado aos interesses corporativos julga-se insuflado e protegido. Mas Mobutu também estava e quando chegou a altura de ser considerado uma peça “avariada”, os contratos de exploração dos recursos começaram a ser assinados por Laurent Kabila mesmo antes das suas forças alcançarem Kinshasa…
Mas convém que os moçambicanos abram os olhos e reflictam sobre os assuntos de maneira adulta. Ninguém se preocupou e drenou fundos e recursos para que se alcançasse a paz em Moçambique, só porque os moçambicanos eram “meninos e meninas bonitas”.
Internacionalmente, os principais pesquisadores de minerais sabiam perfeitamente que o Canal de Moçambique e países como a Tanzânia e o Quénia, Moçambique, Sudão e outros estavam situados em bacias importantes e com potencial de possuírem carvão, gás natural, petróleo e outros minerais.
A diplomacia das chancelarias ocidentais envolvidas no processo de pacificação de Moçambique sempre esteve informada sobre o que existia e a importância estratégica das reservas dos diferentes minerais.