“Abandonamos a sala porque não existia um ambiente democrático. A presidente da Assembleia da República ficou intimidada e não conseguiu dar espaço ao meu colega para responder a uma provocação do primeiro-ministro, Alberto Vaquina”- Arnaldo Chalaua, porta-voz da bancada da Renamo.
A Renamo, a segunda maior força política de Moçambique, abandonou ontem a sessão parlamentar durante as insistências dos deputados às respostas do Governo, alegando que a presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, recusou a dar palavra ao deputado Simon Macuiane, para uma resposta a um suposto “ataque” do primeiro-ministro, Alberto Vaquina.
“A nossa retirada é justa e merecida. Nós na quarta-feira abrimos o debate e discutimos em volta dos pontos que as bancadas apresentaram e ficámos vaiados com o primeiro-ministro e calamos. Hoje (ontem) ele (Vaquina) no lugar de dar últimas considerações, como é hábito da casa, abriu um debate que merecia resposta. Mas a presidente não deixou”, disse o porta-voz da Renamo, Arnaldo Chalaua.
Segundo Chalaua, o PM trouxe algumas incoerências que não constituem a verdade. Ao invés de responder às preocupações sobre os recursos minerais, abriu o debate e cabia a ele a honra de tecer considerações.