DEVIDO AOS EFEITOS NEGATIVOS DA CRISE FINANCEIRA INTERNACIONAL
Muitos operadores preferem solicitar espaços de pequenas dimensões para assegurar a viabilização dos seus projectos no país – Jorge Manjate, especialista em biocombustíveis no Ministério da Energia
JAIME UBISSE
O volume de pedidos de espaço por investidores nacionais e estrangeiros interessados na produção de biocombustíveis, em Moçambique, reduziu de 200 mil hectares, em 2008, para 54 mil hectares até Outubro de 2012.
A redução deve-se ao impacto negativo da crise financeira internacional, segundo Jorge Manjate, especialista em biocombustíveis no Ministério da Energia, acrescentando que “muitos operadores preferem solicitar espaços de pequenas dimensões para assegurar a viabilização dos seus projectos no país”.
Contrariamente àquele cenário, o volume de propostas de investimento recebidas naquele departamento governamental aumentou para 47 projectos nos primeiros 10 meses de 2012, contra 17 registados “em todo o ano de 2008”, de acordo ainda com Manjate, falando em entrevista ao Correio da manhã.
No global, o sector da Agricultura recebeu, em 2012, um total de 117 propostas de investimento, 40 das quais destinadas à produção de etanol e biodiesel, a partir de cana sacarina e de outras matérias-primas.
A aposta de Moçambique é de diversificar os “enormes recursos energéticos disponíveis para acelerar o desenvolvimento socioeconómico do país”, realçou Manjate.
Refira-se que o Ministério da Energia e o Centro de Promoção da Agricultura (CEPAGRI) do Ministério da Agricultura organizaram esta semana um encontro de reflexão e perspectivas de desenvolvimento e competitividade dos biocombustíveis nos mercados doméstico, regional e internacional.
CORREIO DA MANHÃ – 30.11.2012