Por João Vaz de Almada (texto e fotos), no Vunduzi
Após o regresso de Afonso Dhlakama às matas da Gorongosa, no passado dia 17 de Outubro, e dos rumores de um possível regresso do país à guerra, o SAVANA voltou à Vunduzi para verificar in loco o que se está a passar na região que já foi quartel-general do antigo movimento rebelde. A nossa reportagem não conseguiu chegar à fala com o líder da Renamo, mas verificou uma aparente e estranha tranquilidade, diferente da grande tensão que reinava na região desde finais de Outubro passado.
Sábado, 24 de Novembro. Nove horas da manhã. No cruzamento do Inchope, a agitação é a mesma de sempre, provocada pelo enorme trânsito de camiões, ou não fosse este o principal ponto de intersecção de estradas do país. Daqui vai-se, passe o exagero, para todos os lados.
Para quem vem de Maputo, a via da esquerda tem como destino o Chimoio e o Zimbabwe, servindo de hinterland.
Quem virar à direita toma o rumo da N6 até à segunda cidade do país, a Beira. Quem seguir em frente, obedecendo à placa Gorongosa/Nicoadala, dirige-se para Norte e pode chegar até Palma, no extremo setentrional da província de Cabo Delgado. A reportagem do SAVANA seguiu por esta última.