O grupo
brasileiro de construção civil Odebrecht prevê estar a facturar mil milhões de
dólares por ano em Moçambique em 2020, disse o director do grupo para o sudeste
de África, em declarações à agência financeira Reuters.
“Nos próximos anos assistir-se-á a grandes desenvolvimentos na logística para
as indústrias de carvão e de gás natural, sendo esta a principal área em que
estamos interessados”, adiantou Miguel Peres, acrescentando que a empresa
factura actualmente cerca de 150 milhões de dólares por ano.
Os grupos brasileiro Vale e anglo-australiano Rio Tinto, entre outros, estão a
efectuar grandes investimentos na exploração de minas de carvão na região de
Moatize, na província de Tete, sendo o escoamento do produto a principal
dificuldade com que se debatem.
O governo e o sector privado já anunciaram projectos para expandir as actuais linhas de caminho-de-ferro e portos e para construir outros de raiz, sendo precisamente nesta área que os responsáveis da Odebrecht pretendem operar.
Miguel Peres disse que uma visita às minas permite verificar que já há carvão por todo o lado que não consegue ser escoado por ausência de capacidade de transporte.
Presente em Moçambique desde 2006, a Odebrecht tem na sua folha de pagamentos 2 mil trabalhadores, 85% dos quais moçambicanos.
macauhub – 29.11.2012