Niassa com investimento de USD 68 milhões até 2018
Cerca de 68 milhões de dólares norte-americanos deverão ser aplicados até 2018, na província do Niassa, para a produção de biodiesel através da plantação de jatropha numa área estimada em pouco mais de 32 mil hectares de terra atribuídos pelo Governo moçambicano em 2011.
O projecto está sendo desenvolvido por um consórcio de capitais da Suécia, Holanda, Estados Unidos da América (EUA) e Moçambique, denominado Chikwetii Forest of Niassa, segundo um estudo conjunto da Justiça Ambiental e União Nacional de Camponeses (UNAC) intitulado Análise Preliminar do Fenómeno de Usurpação de Terras em Moçambique em 2011.
O empreendimento emprega cerca de 350 trabalhadores entre sazonais e permanentes.
Frisa-se, entretanto, que o projecto está a ser acusado de ter destruído densas florestas nativas para a plantação de pinheiros e eucaliptos, no distrito de Sanga, para além da destruição de áreas de pastagem do gado e de plantas medicinais.
Um documento na posse do Correio da manhã, contendo resultados de um estudo acabado e ser desenvolvido, indica que “a postura do Governo do Niassa foi incorrecta durante o processo de atribuição do DUAT (Direito de Uso e Aproveitamento de Terra), porque apenas persuadiu os camponeses a abandonarem as suas áreas agrícolas para dar lugar ao projecto”.
A Chikwetii Forest of Niassa opera naquela região há cerca de quatro anos e está presente em três distritos, nomeadamente, Lago, Lichinga e Majune, sendo que até ao momento o volume de investimento da empresa está avaliado em cerca de 32 milhões de dólares norte-americanos.
(E. Arante)
CORREIO DA MANHÃ – 29.11.2012