O também ex-negociador-chefe da Renamo nos acordos de Roma, que falava à Imprensa, pronunciou-se também a favor “da discriminação e não à guerra”. “O PDD é pela paz efectiva com justiça, liberdade, verdade, participação e igualdade de oportunidades para todos”.
Domingos disse que ainda que o partido que preside encara com “muita cautela e ponderação” a situação política actual “que opõe a Frelimo, ou o Governo de Moçambique e a Renamo sobre questões de governação do país”, gerada pelos processos eleitorais, alegada partidarização da Função Pública, partilha da riqueza nacional, igualdade e o que apelidou de intolerância política generalizada.
“O PDD reitera que em política não há inimigos. Em política há adversários que competem entre si, em ideias e projectos de governação para o bem do país que a todos pertence”, fazendo ainda menção aos “casos de intolerância que se acentuaram nos últimos quatro anos”.
Afirmou que a paridade estabelecida nos termos do Protocolo V sobre questões militares, para a constituição do Exército único, bem como para a ocupação das chefias dos ramos das FADM, está sendo desvirtuada e negada. Porém, não nomeou casos e nem a forma como tal paridade estaria a ser negada.
Todavia, e a respeito das apreensões que referiu, Raul Domingos chamou atenção para o facto de que “o caminho para a resolução dos problemas que se apresentam não é a declaração de guerra e nem a perpetuação da discriminação e exclusão”.