Os pontos que a Renamo pretende negociar são o Acordo Geral de Paz, Defesa e Segurança, processos Eleitorais, questões Económicas e despartidarização das instituições do Estado.
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A Renamo tem
cinco pontos para negociar com o Governo moçambicano liderado pela Frelimo.
Segundo um documento enviado pela Renamo ao Gabinete do primeiro-ministro,
Alberto Vaquina, os cinco pontos que a delegação do maior partido da oposição
pretende negociar são o Acordo Geral de Paz, assinado há 20 anos em Roma,
Defesa e Segurança, processos Eleitorais, Questões Económicas e
despartidarização das instituições do Estado.
O documento foi igualmente enviado a algumas embaixadas ocidentais em Maputo e
ao Secretário Executivo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral,
SADC, Tomaz Salomão, por sinal economista moçambicano que já foi membro do
Governo.
Em relação ao Acordo Geral de Paz, a Renamo está preocupada com aquilo que
considera falta de reintegração dos seus antigos guerrilheiros na Polícia.
Segundo o antigo movimento rebelde, o governo alegou falta de condições financeiras para a conclusão do processo de integração que era financiado pela Comunidade Internacional, através das Nações Unidas.
Mas o governo considera que a Renamo não colaborou devidamente, porque queria continuar a usar os seus homens armados para ganhos políticos depois da formação do exército único no âmbito do AGP.
No ponto relativo à Defesa e Segurança, a Renamo quer discutir com o governo o que considera discriminação dos antigos guerrilheiros integrados nas forças armadas.
Para o partido de Afonso Dhlakama, os processos eleitorais iniciados em 1994 não têm sido livres nem transparentes porque os órgãos eleitorais são dirigidos por membros da Frelimo.
A Renamo considera que a economia do País é dominada por veteranos da Frelimo que partilham a riqueza nacional entre si, excluindo a maioria da população sobretudo os membros da oposição.
Para a Renamo, as instituições do Estado são prolongamentos das células da Frelimo que sempre agiram a favor do partido no poder.
Estas são preocupações que segundo o documento, levaram Dhlakama a voltar as matas de Gorongosa, província de Sofala, centro do País.
VOA – 23.11.2012