Fonte da empresa refere que o restabelecimento ocorreu após os testes confirmarem a operacionalidade do equipamento ora instalado, ficando garantida a evacuação de todo o potencial de energia eléctrica gerada pelo empreendimento.
Em comunicado recebido na nossa Redacção, a HCB recorda que quando a avaria da bobine de alisamento ocorreu, em Julho último, a empresa encontrava-se na fase final da negociação do contrato de reabilitação parcial da Subestação Conversora do Songo com a multinacional ABB e que previa a aquisição de duas bobinas de alisamento de tecnologia moderna e três novos transformadores conversores, entre outros equipamentos.
O desfecho das negociações ocorreu no passado dia 16 de Agosto, após um longo e aturado processo de negociação, dada a especificidade e complexidade do equipamento em causa e da logística requerida para o seu transporte.
A HCB prevê receber os novos equipamentos encomendados a partir de Fevereiro de 2013, devendo o processo de renovação da Subestação Conversora do Songo ficar concluído em 2014, num investimento avaliado em 50 milhões de dólares norte-americanos, integralmente financiado por fundos próprios da empresa.
A bobine agora em funcionamento foi a solução encontrada para resolver a situação causada pela avaria e é resultado de um acordo negociado com a ESKOM, da África do Sul.
A operação de montagem deste equipamento foi levada a cabo por quadros da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, tendo os testes de conformidade sido acompanhados por técnicos da Siemens, a empresa que construiu a bobine de alisamento.
A bobine de alisamento é uma peça-chave que serve para regular o sistema de transformação de energia produzida de corrente alternada em contínua.
No total, a HCB tem cinco saídas (linhas) a partir do Songo, nomeadamente, duas em corrente alterna para o centro e norte de Moçambique, uma corrente alterna para o Zimbabwe e duas, as principais, em corrente contínua para a África do Sul. A corrente contínua é uma tecnologia especial usada para transportar energia eléctrica com qualidade para grandes distâncias, como é o caso de Songo-Apolo (1400 KM). É, pois, uma das linhas de corrente contínua que tinha a bobine de alisamento avariada, o que forçou a redução da capacidade de escoamento da corrente produzida em 30 por cento.
Com a instalação do novo equipamento, a empresa volta a escoar toda a energia produzida na central hidroeléctrica.