Tradução:
A premiada escritora Sarah LeFanu escreveu uma nova e significante biografia de um dos maiores heróis da libertação da Africa com o tiítulo de « S é para Samora Machel. » A autora descreveu o seu livro como uma « Biografia lexicográfica de Samora Machel e do sonho moçambicano ». A biografia toma em conta o discurso de igualdade, liberdade e o camaradismo que animou a luta de libertação da Africa austral nos anos 1960 e 1970 no contexto do decurso da Guerra Fria.
Em 1974, Samora Machel dirigiu a Frelimo, a Frente da Libertação de Moçambique, à vitoria sobre o governo colonial português. No ano seguinte, ele tornou-se o primeiro presidente de Moçambique e 11 anos mais tarde morreu num acidente misterioso de avião que muita gente suspeita de ter sido engendrado pelo governo do aparthheid da Africa do Sul.
Analisando os discursos, documentos, as memórias daqueles que conheceram Machel e evidências anedotais, a biografia apresenta as várias facetas do homem que Nelson Mandela descreveu como “um verdadeiro revolucionário africano. »
Machel foi treinado como enfermeiro, mas ele não podia aturar a opressão colonial e acabou por se transformar no mestre estratega militar.
Filho dum machambeiro com profundos conhecimentos diplomaticos para balançar a relaçao com a China e a União soviética – enquanto atraindo dirigentes ocidentais tais como Margaret Thatcher – Machel era um homem do povo que ao mesmo tempo se encontrava completamente isolado. Embora um proponente dedicado à paz, ele só enfrentava a guerra.
«Fazendo uso do jornalismo, diários e pesquisa académica, LeFanu consegue apresentar vários aspectos de grande profundeza do Machel que ainda não eram conhecidos até à data. A autora apresenta uma profunda imagem pessoal e politica de Machel que o transforma no líder famoso que era, » escreve Patrick Chabal, Professor da História Africana de King’s College em Londres no Reino Unido.
Susan Williams, pesquisadora senior no Instituto de Estudos da Commonwealth, diz na introdução ao livro: « Um livro brilhante que faz uma fresca contribuiçao para o nosso entendimento do Moçambique postcolonial e dos seus vizinhos na Africa austral. »
Sarah LeFanu é a autora da aclamada biogafia “Rose Macaulay” e do premiado livro “In the Chinks of the World Machine: Feminism and Science Fiction.” Ela diza que Samora Machel foi uma pessoa que deixou uma herança fascinante, adiantando que ele era “necessariamente” um homem que falhou e também herói ao mesmo tempo.
LeFanu nota que quando Machel assinou o pacto de não-agressão, o Acordo de Nkomati, com a Africa do Sul em 1984, ele tinha sem duvida sido enganado por Pretória para cometer um dos seus piores erros na vida do seu país. Não obstante, Machel era ao mesmo tempo um homem de dignidade e de humor, que dirigiu uma pequena naçao – quase na bancarota – a uma posição respeitável de influência na sua região e no Terceiro Mundo. E ele mantinha elementos rivais no seu partido durante tempos de adversidade e guiou o seu governo ao longo dum percurso pragmático.
Veja http://www.angusrobertson.com.au/book/s-is-for-samora-a-lexical-biography-of-samora-machel-and-the-mozambican-dream/31059960/