Em trabalho sob este título escrevia:
“Assim se compreende a ordem de “limpar”, pois seria a maneira de, não podendo separar os guerrilheiros da população, estes serem apanhados. Só que não estavam lá. E não acredito que a DGS confiasse de tal forma num informador ocasional. O mesmo já antes tivera que ganhar a confiança dos Inspectores da DGS para que tal operação tivesse lugar com ordem de “limpar”. Quantos guerrilheiros da Frelimo e elementos da população teria sacrificado para a conquistar?"
Mas faltava saber como a DGS tinha tanta certeza da presença de guerrilheiros em Wiriamu.
Mas ficamos agora a saber através do depoimento de um sobrevivente do massacre, António Michone, num dos episódios ora apresentados pela RTP, da autoria de Joaquim Furtado.
Afinal foi um agente da própria DGS que esteve em Wiriamu onde viu os guerrilheiros a saírem das palhotas, quando o tal Miranda foi entregar produtos. E é de estranhar a aparente facilidade com que os guerrilheiros da FRELIMO aceitaram a explicação da presença de um branco com o comerciante Miranda.
Ninguém lhes contou. Eles viram.
Ouçam aqui o António Michone:
Agora vejam o que Cesare Bertulli escreveu sobre o massacre em que também é referido o António Mixoni (António Michone, no documentário) e que a Joaquim Furtado nada diz do que aqui se afirma. Pelo seu escrito conclui-se que não havia guerrilheiros da Frelimo na zona. Afinal não era assim.
Leia em Download Cruzeespada_WIRIAMU
Recorde em http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2010/12/wiriamu-porqu%C3%AA.html