Um comboio da companhia mineira Rio Tinto descarrilou na linha de Sena, mais concretamente na região de Cambulatsissi, em Moatize, província de Tete, interrompendo a circulação de outras locomotivas de passageiros e carga entre quinta e sexta-feira últimas.
Tratou-se do segundo descarrilamento a ocorrer em três meses envolvendo uma composição ferroviária da mesma firma, que está a explorar e exportar carvão mineral, a partir de Tete, para vários mercados.
A circulação de Comboios de passageiros e carga foi restabelecida naquela ferrovia no último sábado, conforme garantiu à nossa Reportagem o director executivo da empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) - Centro, Cândido Jone.
Contactado pela nossa Reportagem, Jone disse desconhecer as causas do descarrilamento, mas revelou que foi criada uma comissão de inquérito para os devidos esclarecimentos.
Ele não quantificou os prejuízos causados, embora os tenha considerado enormes, se se considerar que o comboio acoplava 42 vagões com 2.620 toneladas de carvão mineral e danificou travessas e material de fixo, numa extensão de quatro quilómetros.
Por outro lado, o descarrilamento gerou transtornos aos passageiros, que ficaram retidos durante dois dias, e a companhia Vale Moçambique também ficou prejudicada, visto que não conseguiu transportar o seu produto para o Porto da Beira, ponto de partida para a exportação.
“Os prejuízos são enormes, para todos os efeitos, pois dois dias de paralisação são muito tempo, se atendermos ao facto de que contamos com seis comboios diários “ – disse o director executivo dos CFM-Centro.
DIÁRIO DE MOÇAMBIQUE – 31.12.2012