Dados em nosso poder, facultados pela Administração Nacional de Estradas naquela região, acrescentam que, para o efeito, foram já lançados três concursos públicos para a adjudicação da empreitada durante 12 meses e subdividida em dez lotes.
O primeiro concurso compreende obras de manutenção de rotina numa extensão total de 247,3 KM de estradas pavimentadas na província de Sofala. Trata-se de 110 KM do troço N1-Muxúnguè/Save, 75 KM entre N6-Beira/Tica e dos 60 KM da via N6-Tica/Inchope incluindo 2,3 KM do trajecto Caia/Chimuara.
Estão também contemplados 130 KM na manutenção da rotina de estradas terraplanadas na região, num projecto a ser executado em dois lotes em 60 KM entre R560 e R561-Crz.N1/Machanga e 70 KM da R560 e R562-Machanga/Divinhe.
Finalmente, foram concebidos quatro lotes de obras de melhoramento localizados de 73 KM e manutenção da rotina de 233 KM de estradas terraplanadas. Basicamente, vão ser atacados troços N282-Dondo/Muanza, N282/Inhaminga, R520-Mutindir/Grudja e N/C-Crz.R1003/Sengo.
Tudo isto, entretanto, acontece numa altura em que as obras de melhoramento localizado que arrancaram em Abril passado na Estrada Nacional número Seis (N-6) que liga o Porto da Beira à vila fronteiriça de Machipanda com o vizinho Zimbabwe, concretamente no troço Beira-Inchope num raio de 135 KM estão bastante atrasadas.
Com prazo de um ano, as obras foram consignadas ao vencedor deste concurso público no dia 28 de Novembro e estavam previstas a terminar em 28 de Novembro corrente. A lentidão da empreitada faz mesmo com que a circulação neste trajecto de um tráfego diário de cerca de três mil viaturas de e para os chamados países do “hinterland” como Zimbabwe, Zâmbia, Malawi, Botswana e RDCongo seja condicionada.
Contudo, a delegada da Administração Nacional de Estradas em Sofala, Irene Langa, indicou que o prazo das obras em causa, que arrancaram em Abril passado e orçadas em 135.215.154,94 meticais, continua a ser reiterado pelo empreiteiro que, na prática, se mostra completamente inviável.- Horácio João