Secretário-geral da Frelimo, Filipe Paunde, considera que outros argumentos que o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, apresenta para sustentar as ameaças a paz tem vindo a proferir a partir de Maringué, distrito de Gorongosa, na província central de Sofala, em Moçambique, são inconsistentes e infundados.
Falando hoje a imprensa em Maputo, na hora do balanço das realizações do partido em 2012, Paunde disse que Dhlakama, na qualidade de signatário do Acordo Geral de Paz, não devia enveredar pela via que está a tomar e que põe em causa o desenvolvimento porque pode travar os investimentos.
A Renamo, maior partido da oposição, veio a público, semana passada, anunciar que já foram esgotadas todas as vias pacíficas para a busca de soluções para os pontos que levou à mesa de conversações havidas recentemente com o Governo moçambicano e que decidiu entregar a palavra ao povo para dizer qual é o rumo ou que medidas a tomar.
Na última ronda negocial entre as partes, o Governo moçambicano solicitou a Renamo informações mais detalhadas sobre as suas reivindicações e que estão a servir de mote para constantes ameaças de “assalto ao poder” e instalação de um governo de transição.
Entretanto, o partido de Dhlakama ainda não respondeu a solicitação do governo.
Sobre os feitos do partido, Paunde faz um balanco positivo, afirmando que 2012 foi um ano repleto de actividades políticas e do Estado que influenciaram positivamente os moçambicanos na sua luta contra a pobreza.
“Como corolário das actividades realizadas, o partido conta actualmente com 3.778.405 membros contra os 3.510.577 registados em 2011, o que representa um crescimento de 267.828 novos membros”, disse Paunde.
Graças as acções de mobilização e massificação do partido, a Frelimo, segundo Filipe Paunde, arrecadaram 23.305.218 meticais (equivalente a cerca 787 mil dólares) resultantes das quotas de seus membros em 2012, e o desafio é de intensificar cada vez mais estas acções em 2013.
O partido Frelimo, segundo Paunde, possui actualmente 11.192 comités de círculo contra os 9.839 em 2011, contando também com 288.295 células contra 269.975 existentes em 2011.
“Promovemos a construção de 21.294 sedes do partido, com material convencional e local, desde a célula até ao distrito”, destacou Filipe Paunde.
Durante o período em análise, a Frelimo tomou como prioritária a componente formação político ideológico e técnico profissional dos quadros do Aparelho do Partido e das organizações sociais oriundos de todas as províncias com nível de décima classe para habilitá-los com nível médio.
“Pagamos 104 bolsas para o ensino superior das quais 54 em Moçambique e 50 no exterior, cujos beneficiários foram os quadros do partido e respectivos filhos, combatentes e seus descendentes ”, explicou o secretário-geral do partido no poder.
Na sua acção, a Frelimo mobilizou e monitorou o processo de alfabetização e educação de adultos de seus membros, lideres comunitários membros dos Conselhos Consultivos, abrangendo 789.176 alfabetizados em todas as províncias.
MAD/SG
AIM – 28.12.2012