Canal de Opinião
Por: Egidio Guilherme Vaz Raposo
Marcação cerrada
A termos que procurar culpados, encontraríamos em Joaquim Chissano, antigo presidente deste país, o maior culpado pela diferenciação salarial na função pública nos últimos 30 anos. (…) É só revisitar os critérios de fixação salarial no tempo de Samora Machel. (…) A entrada do novo timoneiro da nação, Armando Guebuza, não mudou muita coisa. Pelo contrário, agudizou a noção clientelista do Estado.
A termos que procurar culpados, encontraríamos em Joaquim Chissano, antigo presidente deste país, o maior culpado pela diferenciação salarial na função pública nos últimos 30 anos. E não precisa de muita elaboração.
É só revisitar os critérios de fixação salarial no tempo de Samora Machel, que eram fundamentalmente horizontais em termos de estratificação, não havendo diferenças assinaláveis entre os trabalhadores do Banco Central por exemplo e os do sector do Comércio e Indústria.
A desregulamentação da economia criou situações onde cada dirigente do sector conseguia negociar salários especiais para o seu pelouro, em coordenação com a Presidência da República, os parceiros económicos e o próprio ministério/sector. Foi assim por exemplo, que Mário Mangaze, então Presidente do Tribunal Supremo, conseguiu assegurar “salários dignos” para os magistrados judiciais; Adriano Maleiane para os trabalhadores do Banco Central, Tomaz Salomão/Luísa Diogo para o Ministério das Finanças, etc.
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