Canal de Opinião
Por: Douglas M. Griffiths, Embaixador dos E.U.A. em Moçambique
A escravidão moderna assume muitas formas. Pode ser o abuso de empregados domésticos presos nas residências dos seus empregadores ou a escravidão de um homem numa mina. Pode ser a prostituição de uma jovem rapariga num bordel ou o trabalho forçado de um rapaz num mercado local.
Este mês, os Estados Unidos da América celebram o 150º aniversário da data em que o Presidente Abraham Lincoln emitiu a Proclamação de Emancipação, o documento que libertou os escravos afro-americanos. Um século e meio depois de milhões de pessoas detidos na escravidão terem sido declaradas livres para sempre, o Presidente Obama disse que a Proclamação de Emancipação “reafirmou o compromisso dos Estados Unidos para com a causa contínua da liberdade. Agora como então, permanecemos determinados no nosso propósito de assegurar que todos os homens, mulheres e crianças têm a oportunidade de aproveitar esta grande dádiva”.
Infelizmente, ainda estamos muito longe de alcançarmos uma visão de um mundo livre de todas as formas contemporâneas de escravidão. Calcula-se que possam existir cerca de 27 milhões de pessoas a nível global vítimas da escravidão moderna, também conhecida como tráfico de pessoas. A escravidão moderna assume muitas formas. Pode ser o abuso de empregados domésticos presos nas residências dos seus empregadores ou a escravidão de um homem numa mina. Pode ser a prostituição de uma jovem rapariga num bordel ou o trabalho forçado de um rapaz num mercado local. Qualquer que seja a forma que assume, na sua essência, o tráfico humano é um crime de exploração que rouba a vítima da sua liberdade e dignidade. A escravidão moderna e o tráfico humano ocorrem em todos os países do mundo, e todos temos a responsabilidade de o combater.