O Vice-Presidente regional do Banco Mundial para África, Makhtar Diop, que ontem terminou uma visita de dois dias à Moçambique, disse à jornalistas, em Maputo, que a sua instituição decidiu conceder um donativo de 50 milhões de dólares para ajudar o nosso país a fazer face à crise provocada pelas chuvas e inundações. Makhtar Diop falava momentos após ter sido recebido em audiência pelo Presidente da República, Armando Guebuza.
A visita de Diop, surge depois de o Banco Mundial ter aprovado, no dia 24 de Janeiro corrente, 87 milhões de dólares em apoio aos esforços do Governo de Moçambique.
O montante se destina a apoiar o desenvolvimento da economia num ambiente em que se assistem a mudanças climáticas no mundo e para melhorar a qualidade da nutrição para mais de um milhão de moçambicanos.
O financiamento foi igualmente providenciado pela Associação para o Desenvolvimento Internacional (IDA) e não está sujeito a taxas de juros. Dos 87 milhões de dólares, 50 milhões serão alocados para programas de adaptação à mudanças climáticas, e 37 milhões para programas de nutrição nas comunidades.
Relativamente ao encontro com o Presidente Guebuza, o vice-presidente regional do Banco Mundial para África disse ter sido uma oportunidade para discutir aspectos relacionados com a situação económica do país, em geral, e do impacto das inundações, em particular.
“Falamos sobre a situação macroeconómica do país que, no geral, é boa, pois a taxa de crescimento situou-se na fasquia dos 7 por cento em 2012 e a inflação reduziu. Entretanto, concordamos que o desafio futuro é a criação do emprego e acelerar a redução da pobreza. Para fazer isso é importante que o sector da agricultura registe um desenvolvimento através do aumento da produção e da produtividade e da criação de mais emprego”, disse.
Makhtar Diop, afirmou ainda ter abordado com o Chefe do Estado a necessidade de se adaptar o sector da educação de maneira a que este satisfaça as necessidades do mercado.
“Isso passa por dar mais formação técnica para que a juventude moçambicana tenha emprego. Uma outra coisa que discutimos é a necessidade de aumentarmos o conteúdo científico e a qualidade da educação, porque apesar de ser muito importante ir à escola, é melhor que ao sair da escola se tenha um nível de qualificação que seja útil ao sector produtivo”, frisou.