USD 18 biliões criam 3500 novos postos laborais no distrito de Palma
Cerca de 3500 novos postos laborais deverão ser criados no distrito de Palma resultantes de um investimento de cerca de 18 biliões de dólares norte-americanos naquela região da província nortenha de Cabo Delgado pela companhia multinacional norte-americana Anadarko.
Esta firma está a projectar construir em Palma uma fábrica de liquefação do gás natural para o mercado doméstico e para exportação, a partir de 2018 (Cm N.° 4016, pág. 2), estando em curso o estudo de viabilidade do novo empreendimento e trabalho de formação de moçambicanos nas várias especialidades e transferência de tecnologias.
As obras de construção da fábrica terão envolvimento de oito mil a 10 mil pessoas.
Pequenas e médias empresas moçambicanas
Paralelamente aos preparativos para construção da fábrica está em fase de identificação o potencial da indústria moçambicana e o tipo de assistência por forma a capacitar as pequenas e médias empresas nacionais para se tornarem elegíveis aos rigorosos processos de procurement do projecto.
Pretende-se com este trabalho que as pequenas unidades industriais nacionais não se dediquem apenas às acções de prestação de serviços, mas terem a obrigação de desenvolver empresas locais de Moçambique e para haver um framework legal forte no país para o seu tipo de indústria, dada a magnitude e longevidade dos compromissos financeiros necessários, associados ao potencial deste projecto da fábrica de liquefação do gás natural.
Fonte competente da Anadarko afiançou haver esforço no sentido de se ultrapassar alguns desafios actuais que se prendem com os requisitos contratuais exigidos pelos investidores, financiadores, contratados, Governo de Moçambique e compradores no que tange ao apoio do Estado na assistência e autorização para se prosseguir com o projecto. O segundo desafio é da infra-estrutura necessária para escoamento dos recursos minerais e outros, isto é, o direito ao uso de canais de navegação, infra-estrutura pública, bem como as construções no terreno que envolvem autorizações de trabalho, licenças e protecção de patentes tecnológicas.
(F. Saveca)
CORREIO DA MANHÃ – 19.02.2013