O líder histórico da União do Povo das Ilhas de Cabo Verde (UPICV), partido hoje inativo, considerou que Amílcar Cabral era um homem "prepotente", pois "não respeitava" a personalidade coletiva do povo, e mandou executar muita gente.
Afastado da vida político-partidária há mais de duas décadas, José Leitão da Graça, hoje com 81 anos, lembrou que a ideia da unidade entre Cabo Verde e a Guiné-Bissau, que sempre recusou, "trouxe males" para os dois Estados e isso não entrava na cabeça do "pai" das independências cabo-verdiana e guineense.
"Amílcar Cabral estava a conduzir uma luta armada fecunda na Guiné-Bissau, o que o levou a tornar-se num «senhor todo-poderoso», mandando, inclusive, fuzilar muita gente por dá cá toma aquela palha", disse, numa entrevista à agência Inforpress.
LUSA – 31.03.2013