Os créditos aprovados recentemente em Washington, Estados Unidos da América, provêm da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), uma instituição do Grupo do Banco Mundial, vocacionada a ajudar os países mais pobres do mundo, fornecendo empréstimos concessionais e subsídios para projectos e programas que impulsionam o crescimento económico, reduzam a pobreza e melhoram a vida das pessoas pobres.
Do total do crédito, 50 milhões de dólares destinam-se ao apoio da primeira operação de desenvolvimento de políticas do Governo para o sector da agricultura. Esta é a primeira de uma série de três operações destinadas a promover uma agricultura liderada pelo sector privado a fim de melhorar o acesso aos alimentos e uma melhor nutrição para a população.
"A agricultura em Moçambique oferece uma oportunidade única e imediata para promover o desenvolvimento económico e social equilibrado ao mesmo tempo que o país expande sua indústria de gás e mineração", disse Laurence C. Clarke, director do Banco Mundial para Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Ainda de acordo com a fonte, este novo projecto está focalizado na criação de oportunidades para uma classe crescente de agricultores e empresários do agronegócio com o objectivo de gerar maior renda, ao mesmo tempo que se melhora a nutrição para a população rural do país.
O segundo crédito, no total de 100 milhões de dólares, destina-se a apoiar o projecto do Governo de criação de pólos de crescimento integrados, concebidos para melhorar o desempenho das empresas e pequenos proprietários de terras agrícolas no Vale do Zambeze e no “Corredor de Nacala”, áreas com alto potencial de crescimento.
O projecto irá contribuir para a geração de empregos e comercialização agrícola através do financiamento de uma variedade de actividades, incluindo a melhoria de estradas rurais, aumento de investimentos públicos executados por privados, e criação de ligações dos pequenos agricultores para as cadeias de fornecimento emergentes.
"O Projecto de Pólos de Crescimento Integrado é uma abordagem inovadora para alavancar investimentos do sector privado e capacidade de implementação e para estabelecer vínculos de negócios entre grandes investidores e os pequenos agricultores e as pequenas e médias empresas”, disse, por seu turno, Gaiv Tata, director do Banco Mundial para o Desenvolvimento do Sector Financeiro e Privado na Região Africana.