Depois de ter dito que entrou nos órgãos eleitorais em nome da igreja
Mais uma camuflada da FRELIMO descoberta como mentirosa e pecadora diante de Deus
Quase todos seguimentos tem vindo a dar razão ao líder da Renamo, Afonso Dlhakama quando afirma que não há sociedade civil neste país e os que dizem que são, são uma ramificação do partido no poder.
Na Zambézia, as coisas tem vindo a ser piores, sobretudo neste processo de constituição dos órgãos eleitorais.
Se na semana passada renunciaram dois membros camuflados como sendo da Sociedade Civil mas que na verdade são membros da Frelimo, agora entrou mais uma senhora nos órgãos eleitorais.
Trata-se de Luísa Consula, que tomou posse na última sextafeira, como sendo membro da Sociedade Civil, mas desta vez, vindo da igreja Católica, Paróquia da Sagrada Família.
O assunto não é pequeno, porque Luísa Consula é esposa de um administrador distrital reformado, dai que não haja duvidas que a senhora seja membro da Frelimo.
Ora, dados em nosso puder indicam que Luísa Consula que de boca cheia disse que vem representar a igreja católica, nem sequer foi mandata por aquela ceita religiosa, dai que ela como religiosa pecou diante de Deus.
Sociedade Civil sem proponente
No edital publicado no jornal “Notícias” do dia 08 de Abril corrente, a senhora Luísa Consula aparece na lista dos concorrentes da Zambézia sem proponente, quer dizer, entregou seu processo como pessoa, dai que não era ilegível neste processo.
Depois da renúncia dos anteriores dois que já tivemos aocasião de anuncia-los aqui, eis que surge esta senhora, que legalmente não tinha espaço. Mas como as regras são ditadas na Comissão Nacional de Eleições (CNE), ficamos a saber que Consula foi apurada para ser membro da CPE em nome da Sociedade Civil. Mas como alguém que não tem proponente, entra nos órgãos eleitorais? Esta foi a dúvida.
As mentiras da sra Luísa
No dia que tomava posse, as atenções estão viradas para ela, mesmo sabendo que não estava sozinha na sala, pelo menos a imprensa lúcida que acompanha este processo, sempre focou nela.
Foi dai que numa entrevista que concedeu a esta imprensa, Luísa Consula quando questionada sobre a sua proveniência não gaguejou e muito menos pestanejou tendo dito que “eu venho da Sociedade Civil, mais concretamente da igreja Católica, Paróquia da Sagrada Família”-estivemos a citar.
Luísa diz ser crente da igreja e entrou nos órgãos eleitorais em nome da igreja, ou seja, para representar os interesses da igreja católica. Será?
“Não enviamos ninguém para este processo”
Entretanto, numa entrevista concedida pelo Padre Meneses Carlos Barroso, Pároco da Sagrada Família, este negou categoricamente que a sra Luísa Consula tenha entrado nos órgãos eleitorais em nome da igreja católica. “Não enviamos ninguém para os órgãos eleitorais”-explicou o Padre Meneses, para depois rematar que “se fosse o caso, poderíamos mandar um sacerdote que seria de facto o nosso digno representante”-desabafou.
Todavia, aquele sacerdote reconhece que Luísa Consula pediu uma declaração como qualquer crente pede para seus fins, mas que infelizmente não emitimos esta declaração como um documento que ela pudesse usar em nome da igreja para fins políticos.
Chupanga um vogal mentiroso
Mesmo com todos argumentos deixados em torno deste assunto, o Vogal da Comissão Nacional de Eleições mandatado para dirigir o processo ao nível da Zambézia, António Chupanga, tentou justificar o que ele próprio sabe que é contra a lei. Neste dia que Chupanga falou a imprensa, assegurava que a CNE iria usar a lista dos suplentes para dai escolher dois membros em substituição dos que saíram.
“Suplentes, quais suplentes sr Chupanga?”-Questionamos.
Como lhe é característico, “fanfarrão” Chupanga foi dando voltas, tentando mostrar que tem domínio das coisas, mas infelizmente não convenceu. Falou tudo o que podia, mas a verdade viria a tona.
Alias, diz um velho adágio popular “a verdade é como caju, quando está maduro cai por si”-fim de citação.
Já no dia em que a sra Luísa Consula e Egídio Morais, este último da Comunidade Muçulmana tomavam posse, o Vogal Chupanga, batia com o pé de que a Consula vinha da igreja Católica, porque assim mostra o processo.
Quando perguntamos se aquele edital onde constam os nomes dos candidatos a este processo teria sido emitido pela CNE, a fonte reconheceu, mas ressalvou que para o caso concreto desta senhora, terá havido um erro, em ter se escrito como não tendo proponente.
Com isso tudo, Chupanga mostrou que é um vogal mentiroso, esta neste processo para fins que só ele sabe, quando defende que membros da Frelimo entrem num processo usando a capa da Sociedade Civil.
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 23.04.2013