A legitimidade da comissão parlamentar ad-hoc criada para a revisão da Constituição da República (CR) foi, mais uma vez, posta em causa pelo constitucionalista Gilles Cistac.
A “composição” da comissão bem como a “imparcialidade” das decisões a tomar são alguns pontos que “põem em causa a legitimidade da comissão”, segundo o constitucionalista e Professor Catedrático, Gilles Cistac.
Cistac que falava na última sexta-feira na Universidade “A Politécnica”, nas Jornadas Científicas da Instituição, disse que com a não participação da Renamo no processo, a comissão é composta por 17 membros, dos quais 16 da Frelimo e um do MDM, números que, na opinião de Gilles Cistac, “são suspeitos para uma comissão que se espera imparcial”.
O Professor defende que a comissão dirigida por Eduardo Mulémbwè, da Frelimo, não tem autonomia para congregar no processo ideias não partilhadas pela Frelimo.