Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós
O Mamparra desta semana é o partido Frelimo em toda a sua extensão. Desde Guebuza, o topo, ao Amosse Macamo, fiel escudeiro, são todos mamparras, mas mamparras na pior acepção do termo. Só isso explica o silêncio ensurdecedor do partido do batuque e da maçaroca em relação aos seus membros que pretendem abocanhar lugares na Comissão Nacional de Eleições (CNE).
A Frelimo não pode brincar de democracia, embora esteja acostumada a ser o juiz o e jogador de uma partida cuja arbitragem devia pautar pela imparcialidade. O esquema que visa colocar Leopoldo na cadeira máxima da CNE é, de todos modos, vergonhoso.
O facto de ter sido um jornal que defende, com unhas e dentes, a visão do regime e os seus atropelos é esclarecedor. Aliás, o jornal Domingo é merecedor do mesmo galardão. No entanto, o facto de ser um órgão de informação com vocação para veicular o orgasmo do regime isenta-lhe de qualquer espécie de responsabilidade.
A Frelimo é que, em última análise, devia receber tão prestigioso galardão. Os mamparras são eles. Esse jogo macabro com a democracia é disso um exemplo. Mamparras em todos sentidos.
Sentados à sombra de uma bananeira, com visão para uma capoeira de patos, retalham a democracia. Enquanto fumam um cachimbo avançam com o Leopoldo, outro mamparra. Depois de servirem a nossa dignidade numa bandeja cheia de piripíri, o nome de Leopoldo sai em formato de sociedade civil. Mamparras.
Como é que o jornal Domingo teve acesso aos dados que davam conta de que Leopoldo foi indicado pelo Sindicato Nacional dos Professores? A resposta, no reino dos mamparras, é fácil: saiu da sede do partido. Um acto de cobardes, de seres que não conseguem ser mais nada senão mamparras.
Basta deste tipo de mamparrices.
Mamparras, mamparras, mamparras.
Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!
@VERDADE – 25.04.2013