Os partidos extraparlamentares exigem transparência e jogo limpo na corrida à Comissão Nacional de Eleições.
Em
Moçambique, cerca de 50 partidos extraparlamentares ameaçam boicotar as
eleições municipais de 20 de Novembro próximo em protesto contra a alegada
infiltração de membros activos da Frelimo nas organizações da sociedade civil.
A ameaça foi feita pelo porta-voz do grupo dos partidos sem
assento no parlamento, João Massango, num dia em que a Assembleia da República
iniciou o processo de auscultação dos 16 indivíduos seleccionados pela
sociedade civil para a Comissão Nacional de Eleições, CNE.
Aliás dos 16 indivíduos apenas três deverão integrar a CNE, sendo
que o grupo inclui João Leopoldo da Costa, presidente cessante da CNE. No
entanto, a sua candidatura é considerada falsa, segundo afirma João Massango.
João Massango, porta-voz de cerca de 50 partidos
extraparlamentares exigiu assim transparência e jogo limpo na corrida para
Comissão Nacional de Eleições.
João Leopoldo da Costa é médico de formação e reitor do Instituto Superior de Ciência e Tecnologia. Diz que se candidatou a pedido da Organização Nacional dos Professores, ONP. Mas ontem, a Presidente da ONP, Beatriz Manjane, desmentiu categoricamente as alegações de Leopoldo da Costa e questionou por que razão ele não se candidatou pela Ordem dos Médicos.
Na província da Zambézia, duas pessoas renunciaram à corrida à comissão eleitoral após ter sido descoberto que afinal eram membros activos da Frelimo.
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, tem afirmado que em Moçambique não há sociedade civil independente do partido Frelimo, seu principal adversário político.
VOA – 30.04.2013