“462 comandantes de unidades estão a receber um curso de reciclagem desde sexta-feira última em Rumangabo,” uma grande base militar na província do Kivu Norte, disse à AFP o porta-voz militar do grupo, Vianney Kazarama.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou este ano, pela primeira vez na sua história, o envio de uma brigada ofensiva de uma missão de paz numa tentativa pôr fim a anos de insucesso na erradicação de grupos rebeldes e grupos de assassinos na região do Kivu Norte.
O propósito do curso é “capacitar os comandantes sobre como responder ao envio da brigada (da ONU), e como se defender,” disse Kazarama.
“Estão a aprender como reagir se a brigada os apanhar, como reagrupar as suas tropas se a situação se torna difícil e como preparar emboscadas,” acrescentou.
A brigada de intervenção da ONU consiste em pouco mais de 3.000 soldados vindos de diferentes países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e será chefiada por um general tanzaniano.
O M23, que Kinshasa e um grupo de peritos da ONU dizem ter sido criado sob os auspícios do Ruanda, é acusado de várias formas de abuso dos direitos humanos e foi posto sob sanções da ONU.
Entre os fundadores do M23, ano passado, está Bosco Ntaganda, um comandante rebelde natural do Ruanda, conhecido como “O Exterminador”, que em Março se entregou ao Tribunal Penal Internacional, onde enfrenta acusações de crimes contra a humanidade.
Times sa/bm/sg
AIM – 30.04.2013