Os chineses na área de exploração florestal vieram das províncias que mais produzem madeira, tais como, Sofala, Zambézia, Nampula, Cabo Delgado, Tete e Niassa, mas o Director Nacional de Terras e Florestas, Simão Pedro dos Santos Joaquim, negou que o encontro seja um reconhecimento de que os operadores oriundos daquele país asiático, lideram os desmandos e atropelos à lei, no exercício das suas actividades no país.
“É um processo normal de comunicação e diálogo, sob a iniciativa do governo moçambicano que tem como contraparte a autoridade congénere do governo chinês, que visa a divulgação, regularmente, de práticas correctas na exploração do recurso florestal. É preciso ter em conta, por outro lado, que a China é o nosso maior mercado, tem um grande contributo para a economia nacional, tanto do ponto de vista de balança de pagamento como no mercado de emprego dos nossos concidadãos”, disse Simão Pedro dos Santos.
Entretanto, Eliseu Machava, governador de Cabo Delgado, cuja província é detentora de um potencial florestal e faunístico riquíssimo, depois de reconhecer que a exploração desses recursos constitui uma das principais fontes de receita, não deixou de recomendar, por isso mesmo, a necessidade de a actividade ser realizada de forma racional e sustentável, como forma de garantir reservas para as gerações vindouras.
Disse, por outro lado, que o governo está ciente da problemática da actividade florestal e faunística com destaque para a sonegação de volumes no acto de cubicagem da madeira juntos aos fornecedores, tendência das empresas em exportar madeira em toros ou com dimensões acima das recomendadas por Lei, existência de operadores que não honram o compromisso de reflorestamento, entre outros desvios.“Esperamos que este encontro faça uma reflexão profunda e cuidadosa de modo a inverter este cenário que hoje se regista em diferentes pontos do país, causando um impacto negativo na economia moçambicana” disse Eliseu Machava.
- Pedro Nacuo