Mais do que uma greve, o caso atingiu proporções políticas
“Estamos
a criar uma Polícia pior do que a PIDE. Estamos a ser governados por um Regime
Terrorista” – Venâncio Mondlane
“Esta 6ª Esquadra é a
nova Vila Algarve (antigo quartel general da PIDE)”, Azagaia músico revolucionário que já foi detido na
mesma Esquadra
“Cuidado com o SISE.
Eles vão se infiltrar entre vocês. Vão atirar pedras e culparem a vocês”, Dra. Alice Mabota dirigindo-se aos médicos
Se a notícia central é de que o Dr. Jorge Arroz, presidente da Associação Médica de Moçambique (AMM), esteve detido durante quatro horas na noite de ontem, na 6ª Esquadra da PRM da Cidade de Maputo, acusado de “sedição”, merece igual destaque a reacção que esta detenção causou no seio dos moçambicanos.
Foram
centenas de pessoas que durante as 4 horas amotinaram-se à frente da Esquadra
da Polícia exigindo a soltura do líder dos médicos, o que acabou acontecendo
por volta de 22 horas e 30 minutos.
As pessoas foram chegando à esquadra aos poucos. Primeiro foram jornalistas de
alguns órgãos de informação privados, nomeadamente Savana, @Verdade e Canal de
Moçambique. Depois vieram advogados proeminentes, incluindo o próprio
bastonário da Ordem dos Advogados, Tomás Timbane. Analistas políticos como João
Pereira, Venâncio Mondlane, Mohamed Yassine, Egídio Vaz, também se fizeram ao
local nas primeiras horas da detenção do jovem médico. A seguir foi mar de
gente que já não cabia no interior da esquadra. Começaram, então, a lotar os
arredores da Esquadra, condicionando o trânsito e a passagem de peões das
imediações do local.
Leia em http://canalmoz.co.mz/hoje/25102-detencao-do-dr-arroz-mobiliza-o-pais-para-a-6o-esquadra-da-prm.html