“Estranhamente, os contratos do Rovuma também permitem que os custos de crédito sejam declarados como parte da recuperação de custos. Esta disposição está contida numa única frase incluída no anexo aos contratos de Rovuma, dado que irá permitir que as empresas recuperem biliões de dólares de custos de financiamento. Isto terá um efeito nas receitas do Estado, igual a um aumento de custo de capital em 20 por cento, mesmo se a construção começar”- Adriano Nuvunga
O director do Centro de Integridade Pública (CIP), Adriano Nuvunga, revelou ontem detalhes até aqui desconhecidos por muitos moçambicanos relativos aos contratos de exploração dos recursos naturais no País.
Falando na Conferência Internacional sobre Governação da Economia Extractiva (n.d.r. ver outra peça nesta edição), Nuvunga disse, que de acordo com os contratos – que são confidenciais - todo o investimento que está a ser feito pela Anadarko na Bacia do Ruvuma, será reposto quando a exploração começar. Nessa altura, o Estado na condição de accionista, com 15 por cento, deverá pagar a dívida.