A Associação Médica de Moçambique e a Comissão dos Profissionais de Saúde Unidos de Moçambique anunciaram hoje a continuação por tempo indeterminado da greve iniciada há cinco dias, até que o governo responda às suas reivindicações.
Os médicos moçambicanos exigem um aumento salarial de 100 por cento, rejeitando os 15 por cento decretados em abril pelo governo, a aprovação do Estatuto do Médico e a atribuição de uma casa condigna aos profissionais deslocados das suas áreas residências.
"Até que haja resolução das questões que apoquentam os profissionais de saúde, por forma a prestarmos melhores serviços de saúde, a greve geral de todos os profissionais de saúde continua", afirmou o presidente da Associação Médica de Moçambique, Jorge Arroz, ladeado pelo representante da Comissão dos Profissionais de Saúde Unidos de Moçambique, Adolfo Ecuale.
Segundo Jorge Arroz, a greve, que se iniciou na segunda-feira, teve uma adesão de mais de 95 por cento dos profissionais e "reforçou a unidade da classe" médica.
"A adesão foi muito elevada e uniu mais do que nunca os profissionais de saúde", enfatizou Jorge Arroz, antevendo um aumento do nível de adesão à paralisação nos próximos dias.
O presidente da Associação Médica de Moçambique acusou o Governo de seguir uma campanha de intimidação aos profissionais em greve e de, com essa atuação, violar o direito constitucional à greve.
Jorge Arroz disse que os médicos estão abertos a estudar a resposta do Governo à suas reivindicações, aguardando uma resposta do executivo a uma proposta de retomada de negociações para pôr fim ao diferendo.
As declarações de sucesso da greve feitas pelos médicos têm sido contrapostas pelos pronunciamentos do Ministério da Saúde de que o levantamento fracassou e circunscreveu-se a alguns pontos do país.
PMA // APN
Lusa – 24.05.2013