Na manhã desta quarta-feira, a cidade de Quelimane viu mais um grupo de funcionários, desta feita do sector de Saúde nas ruas.
O motivo não era pequeno como uns imaginavam. Aqueles profissionais em número considerável, quando saíram a rua, fizeram-no com o intuito de mostrar a sociedade que eles também apesar de estarem nos postos de trabalho, também sentem a necessidade do governo resolver os seus problemas.
E não só era o assunto da greve, os profissionais de saúde de Quelimane nesta sua caminhada pelas ruas da cidade foram gritando palavras “Arroz não recua, Arroz Quelimane e Zambézia está consigo nesta luta…”
Quelimane parou para ver este facto que desta vez colocou os chamados homens da bata branca e sobretudo aqueles que cuidam os doentes nos hospitais em primeira mão. Afinal, mesmo que se diga que os hospitais estão em pleno, não tem sido a verdadeira versão.
A marcha dos enfermeiros foi até ao jardim próximo a direcção provincial de Saúde, no sentido de mostrar também a chefia que a greve é uma realidade nesta província, apesar do governador, Joaquim Veríssimo e o medico chefe de Saúde na província, Epifânio Mahangaja terem vindo ao público dizerem que não há greve.
Directora do Hospital minimiza
Entretanto, num contacto telefónico mantido esta quarta-feira, momento após a manifestação dos profissionais de saúde, a directora do Hospital Provincial de Quelimane (HPQ), Virgínia Santiago minimizou tendo afirmado que não houve manifestação nenhuma e tudo está bem. Entende-se claro, porque segundo o que se sabe, todos os dirigentes das unidades sanitárias falam politicamente correcto menosprezado assim a greve dos médicos já vai ao décimo dia.
Mas a verdade é que os médicos que estão a dar “gás” como se diz em linguagem popular são os estrangeiros, dai que o receio dos pacientes em irem as unidades sanitárias é maior. Em suma, há uma greve silenciosa.
Refira-se que mesmo com os serviços mínimos a situação nas unidades sanitárias na província não é das melhores.
Diário da Zambézia – 30.05.2013