A CIDADE de Maputo está a ser alvo de pequenas e grandes obras de reabilitação que podem contribuir para melhorar o meio ambiente e resolver os problemas de circulação que actualmente caracterizam a capital.
Trata-se de obras de reabilitação da protecção costeira de Maputo e de algumas avenidas bastante degradadas, entre as quais a “Guerra Popular”, particularmente na zona da baixa da cidade.
A primeira intervenção, a da protecção costeira, arrancou nos princípios do corrente mês de Abril, devendo durar 18 meses, num financiamento do Banco Árabe para o Desenvolvimento de África (BADEA), o Fundo Saudita, o Governo de Moçambique e o município de Maputo, num total de 21.5 milhões de dólares americanos.
A empreitada começa na zona da ponte-cais de Maputo, mesmo em frente ao Ministério das Finanças, até ao bairro dos Pescadores, passando por todas as zonas intermediárias que compõem a extensão da protecção costeira.
Fonte do MCA Moçambique, empreiteiro português a quem foi concessionada a obra, disse que os trabalhos vão consistir na reabilitação do muro de protecção, na reposição do tachão nas fundações, revestimento do parapeito e construção de um novo muro que suporte a protecção nas áreas abrangidas pela erosão.
Para tal, deverão ser construídos oito esporões ao longo da costa, entre o Clube Naval e o bairro dos Pescadores, numa extensão de 13.20 quilómetros. Também será edificada um muro de protecção e reposto o tachão para a protecção da base de muro.
Neste momento, estão a ser feitos trabalhos de colocação de pedra para elevar o nível da base da barreira de protecção para, posteriormente, se reparar a própria infra-estrutura, que se apresenta actualmente com muitos buracos abertos pela força da água.
A pedra usada para esta operação é trazida do distrito da Moamba, na província de Maputo, sendo que os trabalhos são efectuados em função da variação da maré.
“Nos próximos dias poderemos trabalhar com alguma regularidade nas primeiras horas do dia porque a maré vai permitir e as operações serão feitas na zona do Clube Naval, bem como nas proximidades da ponte-cais”, acrescentou.
Pretende-se com estas obras minimizar os efeitos da erosão costeira, melhorar o aspecto desta zona e as condições ambientais, bem como garantir a segurança de infra-estruturas públicas localizadas ao longo da costa.
Num passado recente, o presidente do Conselho Municipal de Maputo, David Simango, disse que para além de melhorar o ambiente da zona da marginal da cidade de Maputo a obra iria contribuir para a promoção do turismo.
Condições de transitabilidade vão melhorar na Guerra Popular
Trabalho na Guerra Popular
A CIRCULAÇÃO de pessoas e viaturas vai melhorar na avenida Guerra Popular com as obras de reabilitação em curso naquela rodovia, na zona da baixa da cidade de Maputo, caracterizada por buracos.
As obras estão a ser executadas no troço entre as avenidas Zedequias Manganhela e Fernão de Magalhães, onde devido ao estado da via, com muitos buracos, a circulação era feita de forma sofrida pelos automobilistas.
A reabilitação, a cargo da Ceta Construções e Serviços, vai consistir na limpeza das sarjetas, retirada da antiga e construção de uma nova base de betão para a colocação do asfalto, bem como na elevação da cota da estrada.
No entanto, não foi possível apurar a previsão para a conclusão das obras, uma vez que, segundo o empreiteiro, os trabalhos vão decorrer ao ritmo da disponibilidade dos materiais, mas existem condições para que estas sejam concluídas a curto prazo.
Sobre o assunto, o director municipal de Infra-estruturas, Victorino Vidigal, garantiu que todas as condições seriam criadas para a execução atempada destas obras de modo a que intervenções semelhantes sejam efectuadas noutras vias.
“A ideia é melhorar o estado das principais vias da cidade para que os munícipes possam circular com mais segurança. Mas estas intervenções serão efectuadas de uma forma faseada, baseando-se nas condições financeiras da edilidade”, acrescentou Vidigal.