"Eles foram mortos a tiros", completou. Ele disse também que teme que o número de vítimas seja ainda mais elevado. "Temos mais informações de outros feridos nesses bairros que ainda não foram evacuados", explicou.
Outro médico, Oumar Baldé, entrevistado no sábado à noite pela Rádio França Internacional (RFI), disse ter recebido na sua clínica em Cosa, no subúrbio, mais de 50 feridos. Desses, pelo menos sete foram a bala, e outros por pedras e armas brancas. Segundo ele, ONGs como Cruz Vermelha e Médico sem Fronteiras têm ajudado a cuidar dos feridos.
Testemunhas ouvidas pela AFP disseram que confrontos aconteceram nos bairros considerados favoráveis à oposição ao governo, entre eles Hamdallaye, Dar-es-Salam, Bambéto, Cosa e Wanidara, com a chegada da força policial. A circulação foi proibida para veículos particulares, incluindo a imprensa.
Uma fonte dos serviços de segurança disse à AFP que os ataques policiais deste sábado tiveram carácter preventivo para "neutralizar os vândalos". Segundo ele, também foram registados casos de ferimentos graves entre os agentes.
RM - 26.05.2013