A memória de África
permanece viva na sociedade portuguesa. A partir da simplicidade de crónicas do
quotidiano, Manuela Criner recupera a felicidade vivida em Moçambique, o
sofrimento imposto pelo regresso forçado ao país natal e a cicatriz provocada
pela descolonização. As mil e uma histórias da família, dos amigos, das caçadas
e de tantos e tantos lugares africanos são, afinal, um património partilhado
por mais de meio milhão de “retornados” que chegaram a Portugal, vindos das
ex-colónias, a partir de 1975.
Introdução
Não pretendo escrever um romance, não sou romancista, nem tão pouco escritora. Apenas recordações de Moçambique, onde vivi 25 anos, e de Portugal, onde nasci. Escrevi para a rádio e os jornais, cá e lá. Comparo as minhas recordações a um fio de pérolas que se parte e não volta a ter a mesma ordem depois de as voltar a enfiar noutro fio. Assim são as recordações, vou escrevendo à medida que me vou lembrando. Vou escrevendo ao correr da pena e da memória. Vou‑me socorrendo do que já publicara, senão como me iria lembrar de tudo? Depois entra o Facebook. (...)
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