A constituição da LDH como defensora oficial da família Cossa em Moçambique visa auxiliar no processo de averiguações abertas junto da Polícia de Investigação Criminal (PIC) na cidade de Maputo. Para além da audição de Altário António Nhacuongue, esposo da jovem sumida e principal suspeito do acto, as autoridades policiais ouviram familiares e amigos do casal.
O interrogatório tinha como objectivo apurar as razões do desaparecimento ou dados que possam ajudar para o seu resgate ou ainda sobre o que terá se passado com ela. Desde o dia 5 de Março do ano passado que Atelísia Cossa não é vista e nem emite qualquer sinal de vida.
Uma vez concluídos os interrogatórios, a PIC decidiu remeter à Procuradoria da Cidade de Maputo o processo de inquérito de modo a dar seguimento às investigações sobre o desaparecimento da jovem. Cabe agora àquele órgão judicial apurar a veracidade das denúncias e se forem encontrados indícios suficientes o esposo, único indiciado até aqui como sendo o autor do desaparecimento de Atelísia, poderá ser acusado. Caso não encontre nenhuma prova evidente nesse sentido irá arquivar o processo.
Até aqui as autoridades mantêm válidas as medidas restritivas de circulação impostas a Altário Nhacuongue, com quem a jovem sumida se casou e vivia desde 2006 na Alemanha. Nhacuongue não pode se ausentar da cidade de Maputo, tanto mais que a Polícia confiscou o seu Passaporte, o Bilhete de Identidade e a passagem aérea para Berlim (Alemanha), para onde devia regressar este mês.
Há 25 anos a viver e a trabalhar na Alemanha, Altário Nhacuongue está em liberdade mas a responder ao processo de inquérito sobre o seu alegado envolvimento no desaparecimento da sua esposa, uma acusação que ele refuta.