Uma manifestação, com algumas centenas de pessoas,
organizada por estruturas próximas da Frelimo, no poder em Moçambique, exigiu
hoje o fim da violência, imputada à Renamo, o partido da oposição acusado de
três mortes no centro do país.
A manifestação foi convocada na sexta-feira, depois de terem sido registados ataques contra viaturas na principal estrada de Moçambique, na região da província de Sofala, entre o rio Save e a serra da Gorongosa.
O desfile foi encabeçado pelo presidente do Conselho Municipal de Maputo, David Simango, ladeado por líderes religiosos e dirigentes da Frelimo, como seu secretário-geral, Filipe Paúnde.
"O maior vencedor nas negociações de uma nação é aquele que levar consigo o seu povo", lia-se num comunicado distribuído por jovens aos populares que assistiam ao desfile.
Os últimos dias têm sido marcados pela tensão entre a Renamo e o Governo (Frelimo) na zona central de Moçambique, com a oposição a ameaçar impedir, desde quinta-feira, a circulação na Estrada Nacional 1 (EN1), no troço Muxúnguè-Save, e na Linha Férrea de Sena, como resposta a uma alegada ofensiva prestes a ser lançada pelo exército governamental na Serra de Gorongosa, antiga base militar daquele movimento.
O anúncio foi feito pelo chefe do Departamento de Informação da Renamo, que foi detido na madrugada de hoje, aparentemente na sequência destas ameaças.
A Serra da Gorongosa foi o local onde o presidente do partido, Afonso Dhlakama, se aquartelou em protesto contra a "ditadura implantada" pelo Governo.
Na sexta-feira, três ataques de homens armados a autocarros de passageiros na região de Machanga, Sofala, causaram três mortos e seis feridos, um em estado grave.
O porta-voz da Polícia moçambicana, Pedro Cossa, atribuiu os ataques à Renamo, mas o partido ainda não se pronunciou
LAS // SO
Lusa – 22.06.2013
NOTA:
Só algumas centenas de pessoas? Já ninguém vai atrás da FRELIMO. Parece!
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE