O descarrilamento provocado de um comboio de carga da Rio Tinto levou à suspensão de circulação de comboios desta mineira anglo-australiana e de composições de passageiros da Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), anunciou o governador de Tete.
Ratxifde
Gogo disse que, na segunda-feira, no posto administrativo de Dôa, no distrito
de Moatize, indivíduos desconhecidos retiraram a agulha que faz o desvio da
linha férrea, o que originou o descarrilamento de um comboio da empresa Rio
Tinto.
"Perante as ameaças, naturalmente, o comboio de passageiros devia parar,
que é para podermos reduzir a perda de vidas humanas", disse Ratxide Gogo,
governador da província de Tete, centro de Moçambique.
Ratxide Gogo adiantou que se trata de uma medida de segurança, devido á tensão
que se vive na vizinha província de Sofala.
Esta paralisação afecta a linha do Sena, que serve para fazer chegar ao porto
oceânico da Beira, em Sofala, o carvão extraído de Moatize, em Tete.
Para além da mineira anglo-australiana Rio Tinto, também a brasileira Vale usa a linha do Sena para escoar o carvão da mina que explora em Moatize, mas, segundo o governador, os seus comboios continuam a circular.
Ratxide Gogo disse ainda que o retorno à circulação daquelas locomotivas dependerá da segurança que a linha de Sena poderá oferecer nos próximos tempos.
Desde sexta-feira que homens armados têm atacado viaturas na principal estrada do país, num troço em Sofala, depois de a Renamo ter ameaçado paralisar a circulação rodoviária e ferroviária naquela região.
Lusa – 25.06.2013