Anteriormente, o mesmo porta-voz informou que 28 residentes tinham sido mortos em distúrbios ocorridos nas localidades de Karkashi, Bolgang e Magama. Cerca de 20 atacantes também foram mortos durante a intervenção do Exército, disse.
Várias casas foram também incendiadas em duas outras localidades, centenas de habitantes fugiram para encontrar um abrigo e por recearem uma escalada da violência.
Dois presumíveis atacantes foram detidos e as armas e motorizadas apreendidas, acrescentou o capitão Mustapha. Residentes explicaram que os ataques aconteceram depois dos roubos de gado. Os criadores, que pertencem à etnia fulani, maioritariamente muçulmanos, são apontados como os autores dos ataques contra aldeias taroks, etnia principalmente cristã. Os roubos de gado estão frequentemente na origem da violência nesta região do centro da Nigéria, que marca a separação entre o norte, de maioria muçulmana, e o sul, fundamentalmente cristão. Os confrontos entre fiéis das duas religiões causaram milhares de mortos nos últimos anos, no centro da Nigéria.
Os conflitos são geralmente provocados por rivalidades no acesso às terras e a posições de poder. O centro do país foi também palco de violências provocadas por fundamentalistas islâmicos do grupo Boko Haram, cujo bastião se situa no nordeste da Nigéria. De acordo com as mesmas fontes, os incidentes de quinta-feira não têm aparentemente qualquer relação com os rebeldes do Boko Haram.
A Nigéria, que é o país mais populoso de África, conta perto de 250 grupos étnicos.