O chefe da delegação do Governo ao diálogo, José Pacheco, que confirmou o facto hoje, em Maputo, na conferência de imprensa que marcou o fim da 7/a ronda de diálogo com a Renamo, disse sem detalhar, que o ataque foi registado na ponte sobre o rio Ripembe, no troço entre o cruzamento de Muxúnguè e o Rio Save.
Sobre os ataques, que estão causar um clima de instabilidade e angustia na região centro e em Moçambique em geral, segundo Pacheco, a Renamo primou pelo silêncio, quando questionada sobre o assunto.
Por isso, disse Pacheco, “nós partimos do princípio de que quem cala consente”.
O facto é que a Renamo quer colocar os moçambicanos reféns do seu belicismo, disse Pacheco, adiantando que mesmo hoje, no diálogo, Meque Ronda, membro da Renamo, disse que se o Governo não aceitar ordenar ao parlamento para aceitar sua proposta Moçambique vai retornar á guerra.
A Renamo, segundo Pacheco, prometeu montar uma cancela no rio Save e já fez uma série de ataques contra alvos civis e militares que mataram cidadãos inocentes o que e condenável para um partido com assento no parlamento, mas que entende que basta ter homens armados para ordenar tudo e a todos.
“O Governo, apresenta as suas sentidas condolências as famílias enlutadas por causa desta acções bárbaras e deseja rápidas melhoras aos feridos, prometendo continuar a trabalhar em prol da paz e da unidade nacional e a defender os moçambicanos do banditismo armado”, disse Pacheco.
Apesar destes ataques, Pacheco disse que o Governo continua a primar pelo espírito de diálogo para consciencializar os moçambicanos para que os que optam pelas matanças e destruições ganhem a consciência.
Pacheco, apontando como exemplo a detenção, por incitação a violência, do Brigadeiro da Renamo, Jerónimo Malagueta, disse que neste momento o Governo está a trabalhar com factos e evidências para que os autores dos desmandos sejam responsabilizados judicialmente.
Na ocasião o Chefe de delegação governamental ao diálogo fez questão de sublinhar que “o Governo está disposto dispostos a levar o diálogo até as últimas consequências independentemente dos ataques”, vincou Pacheco.
Sobre a possibilidade de se chamar a intervenção externa para a solução do diferendo que opõe as partes, José Pacheco, disse que ainda está ao alcance dos moçambicanos encontrar soluções como forma de garantir que Moçambique continue a ser exemplo na busca de paz e estabilidade social.
MAD/SG
AIM – 24.06.2013