POR CAUSA DE ELEVADAS TAXAS DE POBREZA, HIV/SIDA E MORTALIDADE MATERNO-INFANTIL
Devido a elevadas taxas de pobreza absoluta que afecta aproximadamente 18 milhões de pessoas, altos índices de mortalidade materno-infantil e prevalência da doença do HIV/SIDA, Moçambique está em terceiro lugar no conjunto dos 15 países da África Austral com baixas taxas de esperança de vida.
Angola e República Democrática do Congo são os dois primeiros países com as mais baixas taxas de esperança de vida, enquanto as ilhas Maurícias, Sheychelles e Madagáscar possuem as mais altas taxas de esperança de vida de cerca de 70 anos, contra 48 anos de Moçambique, segundo um documento do Secretariado Técnico da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) apresen tado esta quinta-feira, em Maputo.
No que respeita ao crescimento da população da região, Moçambique está em quarto lugar com cerca de 23 milhões de habitantes, de um universo de 281 milhões de habitantes dos países da SADC, esperando-se que até 2015 o número possa aumentar para perto de 526 milhões de pessoas.
A conferência ministerial sobre população e desenvolvimento da SADC terminou com a aprovação do relatório regional e recomendações dos peritos da área da população e desenvolvimento da SADC no sentido dos países da região implementarem estratégias de desenvolvimento económico associadas a políticas da população e promoverem a produtividade agrícola para o combate à fome, educação e saúde na região.
A reunião decorreu no âmbito dos 20 anos de implementação do Plano de Acção da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, realizada em 1994 em Cairo, no Egipto, em que os países da SADC reafirmaram a sua determI nação no combate à pobreza, promoção da saúde, direitos humanos, igualdade entre homens e mulheres e protecção do meio ambiente.
(J. Ubisse)
CORREIO DA MANHÃ – 28.06.2013