A respectiva chefe do posto, Páscoa Mambara, disse que se espera igualmente com esta acção sensibilizar as comunidades para que continuem a desenvolver as suas actividades produtivas normalmente, embora se reconheça a existência de alguns focos de intranquilidade e insegurança devido às incursões protagonizadas pela Renamo.
"Já falamos com os líderes comunitários e também com os religiosos para que possam mobilizar as pessoas para a marcha pela paz e estabilidade na nossa zona"- disse Páscoa Mambara.
Ela fez igualmente saber que todas as sensibilidades governamentais e civis do posto administrativo de Muxúnguè estão unidas em torno da necessidade de tudo se fazer para que a região volte ao ambiente de vida normal.
Infelizmente muita gente que reside nas regiões fora da vila daquele posto administrativo, maioritariamente camponeses, continua com os movimentos restringidos em virtude da tensão face aos acontecimentos ocorridos na semana finda, bem como os de Abril último.
O padre da Igreja Católica afecto à Paróquia São Daniel Combone, Andreej Filip, disse que o momento que se vive no país, particularmente em Muxúnguè, carece de um diálogo no qual as duas partes se sentem e discutam assuntos que possam colocar fim às diferenças.
"Há que se buscar um caminho que elimine as diferenças de ideias que existe. A paz é de todos os moçambicanos sendo por isso que cada um deve trabalhar para a sua manutençao"- sugeriu o padre Filip.
Por seu turno, o imamo da Mesquita de Muxúnguè, Aly Fomuzam, também defende a necessidade de se acabar com a desestabilização social pelo que a religião que dirige está a rezar para o regresso da estabilidade e paz.
Ainda na senda da paz, a Igreja Adventista do 7º Dia naquele ponto de Sofala também tem agendados para amanhã e domingo cultos religiosos pela paz. Segundo o pastor António Manuel Cuchata espera-se que participem nas orações mais de 200 fiéis oriundos de vários pontos das províncias de Sofala e Manica.
- António Janeiro